‘A Bahia tem um déficit de quase 300 juízes’, diz presidente da OAB-BA

Ao comentar a Operação Faroeste, Fabrício Castro disse que problema começa com falta de magistrados

Foto: Reprodução

Por  Adelia Felix

Presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fabrício Castro disse em entrevista à Rádio Metrópole, nesta terça-feira (3), ao comentar a Operação Faroeste, que investiga a venda de sentenças por desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que a origem do problema é a falta de juízes no estado.

“A Bahia tem um déficit de quase 300 juízes. No Oeste, apenas Barreiras tem juiz, as outras comarcas não têm juízes. Aí fica essa questão da nomeação. Em vez de aumentar, se propôs no final dessa gestão, o fechamento de comarcas e ao mesmo tempo se propôs o aumento de desembargadores”, disse durante o Jornal da Cidade – II Edição.

O advogado ainda destacou que a justificativa usada pela Corte para fechar as comarcas “não tem explicação”.

“Você não tem dinheiro para manter as comarcas. Não tem dinheiro para botar juízes em várias comarcas e vai aumentar o número de desembargadores? Quem diz não sou eu, quem diz é o Conselho Nacional de Justiça, uma decisão de primeiro grau na Bahia tem em média 4 anos e 9 meses, uma decisão de segundo grau tem em média 9 meses. Por que não investir no primeiro grau e aumentar o número de desembargadores. A verdade é essa: não tem explicação”, afirmou.

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