Angioedema hereditário ainda é uma doença desconhecida

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP – Foto: USP Imagens

Até maio de 2016, foram registrados no Brasil 1.235 casos da doença e novas diretrizes para diagnóstico e tratamento foram lançadas

Por Maria Julia Petroni – Editorias: Atualidades, Rádio USP

O angioedema hereditário é uma doença que atinge homens e mulheres, na mesma proporção, e se caracteriza por episódios de crises de edema, acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, que pode envolver múltiplos órgãos e levar à morte. 

Desconhecida por diversos profissionais da área da saúde, a doença ainda não tem cura. Adriana Moreno, pesquisadora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, explica que o angioedema se manifesta acometendo as extremidades, a face, as vias aéreas superiores e o trato geniturinário e gastrointestinal. Possui três formas de tratamento, divididas a curto e a longo prazo, e ainda o tratamento em crises agudas.

Segundo a pesquisadora, no mundo há uma estimativa de que uma entre 50 mil pessoas tenham a doença. No Brasil, a Associação Brasileira de Pacientes com Angioedema Hereditário registrou, até maio de 2016, 1.235 pacientes, sendo 363 homens e 872 mulheres.

Especialistas da USP e de várias universidades atualizaram as diretrizes para o diagnóstico e tratamento do angioedema. Na entrevista, Adriana fala sobre o novo guia, que agora inclui os sinais de alerta para suspeita da doença, os exames laboratoriais indicados para o diagnóstico, além dos medicamentos que devem ser utilizados. “Estão surgindo vários medicamentos no mundo, mas nós temos que enfatizar quais estão disponíveis no Brasil”, ressalta a pesquisadora.

Fonte: www.jornal.usp.br

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