‘Apenas queria um som que traduzisse meu canto’, diz Roberto Mendes sobre violão em novo disco

Cantor santo-amarense diz ter optado pela emoção ao gravar "Na base do Cabula", gravado apenas em voz e violão

Foto : Matheus Simoni/Metropress

Cantor santo-amarense diz ter optado pela emoção ao gravar “Na base do Cabula”, gravado apenas em voz e violão

Por Juliana Almirante 

O compositor e cantor Roberto Mendes disse, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (19), que, ao gravar o novo disco, “Na base do Cabula”, apenas em voz e violão, resolveu encontrar um som que apenas traduzisse o próprio canto.

O santo-amarense afirma que não tinha intenção de focar nas notas musicais e queria um som que se assemelhasse com as redondilhas lusitanas.

“Vivemos em uma crise eterna entre a razão e a emoção. Eu optei pela emoção e por isso gravei o disco voz e violão agora. Agora esse era meu disco sem critério do que era dó, o que era ré, o que era fá. Apenas queria um som que traduzisse meu canto. Queria um verso que correspondesse às redondilhas lusitanas. Até em homenagem ao dono da língua, Camões, que para mim é o Deus da nossa língua”, explicou.

Ele defende que o violão é um instrumento naturalmente de “percussão ferida”. “Não é um instrumento de harmonia. O que se usa na academia é a adaptação da clave de sol no piano. Tanto que não corresponde a clave do instrumento, porque a natureza do instrumento não é essa. O violão é um tambor”, compara.

“Na base do Cabula”, segundo Mendes, foi produzido pelos seus filhos, dois violinistas. “Fiquei tão comovido porque foi uma coisa feita com muito afeto. Eu não pensava mais em gravar disco. Pensava em continuar a tocar. Mas fiquei muito feliz com o resultado desse disco”, comemora.

 

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