Segundo ministro, o órgão, como fornecedor, deve seguir as instruções de seu cliente, o Ibama, que solicitou ‘modificações dentro das técnicas’
R7 PLANALTO
Caio Sandin, do R7
Após a crise causada pelas declarações do então diretor do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro, culminando na demissão de Galvão, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes falou sobre o futuro do órgão, cujo comando interino está nas mãos de Darcton Policarpo Damião.
Segundo o ministro, o INPE segue com seus dois sistemas operando simultaneamente: o PRODES, que divulga o desmatamento referente ao ano anterior; e o Deter, que é de divulgação rápida e serve como alerta em suspeitas de desmatamento, “então ele deve ser usado para isso, não como índice de desmatamento”.
Pontes comentou que, a partir deste momento, o Inpe, como fornecedor, tendo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) como cliente, deve seguir as solicitações pedidas. Marcos afirmou ainda que o Ibama pediu para que houvesse “modificações dentro das técnicas de imageamento, ou seja, ampliar o número de satélites, para que a gente tenha um tempo mais rápido para que a gente tenha a atuação do Ibama. Além disso, essa análise deve ser feita de forma que os dados fiquem de uma disposição mais simples, ou mais aplicável para o que o Ibama pretende fazer agora, e a gente atende ao cliente”.
O ministro ainda disse que a cooperação entre os órgãos é fundamental:
— A gente vai trabalhar junto ao Ibama para fazer isso. Não quer dizer que os dados do INPE sejam dados incorretos, nada disso, isso já tem sido feito há bastante tempo e o INPE já demonstrou, esses sistemas já demonstraram a redução no desmatamento e, no final das contas, o que a gente quer é reduzir este desmatamento.