Bill de Blasio chama o presidente do Brasil de “ser humano perigoso”

O prefeito  de Nova York De Blasio pede ao Museu Americano de História Natural que cancele um evento em que o convidado de honra é o presidente da extrema direita brasileira, Jair Bolsonaro.

Bill de Blasio and Jair Bolsonaro. Paul Martinka

 

O prefeito  de Nova York De Blasio pede ao Museu Americano de História Natural que cancele um evento em que o convidado de honra é o presidente da extrema direita brasileira, Jair Bolsonaro.

“Acredito na Primeira Emenda da Constituição Americana“, disse o prefeito na rádio WNYC na sexta-feira, acrescentando: “Se você está falando de uma instituição que é sustentanda pelo dinheiro público e  de alguém que está fazendo algo tangivelmente destrutivo, estou desconfortável com isto.”

De Blasio apontou que os planos de Bolsonaro para a Amazônia, poderia colocar em risco o planeta, bem como seu “racismo evidente” e “homofobia”.

“Esse cara é um ser humano muito perigoso”, concluiu o prefeito. “Eu certamente pediria ao museu que não permitisse que ele fosse hospedado lá.”

O museu recebeu US $ 8,6 milhões em financiamento da cidade no ano passado e fica em terras públicas na região Oeste do  Central Park.

Para arrecadar fundos financeiros, o museu aluga seus espaços exclusivos para eventos. A Câmara de Comércio Brasil-Americana reservou um espaço para uma festa de gala  dia 14 de maio para homenagear “Jair Bolsonaro como pessoa do ano”.

Os representantes do grupo empresarial não retornaram as ligações em busca de comentários sobre a súbita controvérsia.

Mas um comunicado da imprensa para a festa de gala mostra que Bolsonaro obteve 57 milhões de votos em outubro de 2018 e elogia seu trabalho sobre segurança pública e os direitos dos veteranos militares.

O museu disse inicialmente que não sabia que Bolosanaro estava sendo homenageado quando o acordo de aluguel foi feito.

“Estamos profundamente preocupados e estamos explorando nossas opções”, o museu twittou quinta à noite.

Mas na sexta-feira estava em modo de defesa.

“Este é um evento externo e privado que não reflete de forma alguma a posição do museu de que há uma necessidade urgente de conservar a floresta amazônica”, disse um porta-voz, sem explicar se o museu encerraria o evento.

Apesar do comentário do prefeito, o Departamento de Assuntos Culturais disse que a cidade não tem papel na controvérsia.

“A cidade não revê ou aprova decisões independentes sobre aluguéis de curto prazo em instituições culturais privadas e sem fins lucrativos”, disse um porta-voz.


 

Texto Original em Inglês.    Tradução: Ipirá City

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