Bolsonaro muda integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos na ditadura

O governo federal trocou a maioria dos integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

Foto: Reprodução / Extra

O governo federal trocou a maioria dos integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Dos sete membros, quatro deles são novatos, de acordo com texto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (1º).

Isso ocorre dias após a comissão divulgar um documento afirmando que a morte de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, ocorreu de forma “não natural, violenta, causada pelo estado brasileiro”. Antes disso, Bolsonaro disse que Fernando foi assassinado pelo “grupo terrorista” Ação Popular do Rio de Janeiro, a fim de atribuir o crime ao grupo de esquerda. Essa foi a maneira com que o capitão se justificou após dizer que sabia como o pai de Felipe desapareceu no regime ditatorial (saiba mais aqui e aqui).

Com isso, Marco Vinicius Pereira de Carvalho ocupa o posto de Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, que era presidente do colegiado; Weslei Antônio Maretti substitui Rosa Maria Cardoso da Cunha; Vital Lima Santos entra na vaga de João Batista da Silva Fagundes; e Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro substitui Paulo Roberto Severo Pimenta.

Segundo informações do G1, a primeira da lista, Eugênia, havia criticado Bolsonaro pelas declarações relacionadas a Fernando. “Consideramos extremamente grave pela dor dos familiares, mas também pelo fato de ser um presidente da República de um país que vem assumindo essas mortes desde 1995, pelo menos”, afirmou a agora ex-presidente. O colegiado foi criado em 1995 ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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