Criada em 2001, a agência é um órgão regulador administrado por quatro diretores que tem como objetivo fomentar, regular e fiscalizar o mercado do cinema e do audiovisual no Brasil
Por Matheus Simoni
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que pretende buscar a extinção da Agência Nacional de Cinema (Ancine), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. A declaração faz parte de uma série de críticas do mandatário, que transferiu a sede do órgão do Rio de Janeiro para Brasília. A fala foi feita em transmissão ao vivo pelo Facebook ontem (25). Bolsonaro declarou anteriormente que considerava a ideia se não puder por filtro nas produções.
“Depois desse anúncio de fazer um filme sobre a minha pessoa, a Ancine ganhou mais um FO positivo, Fato Observado positivo. Vamos buscar a extinção da Ancine. Não tem nada que o poder público tenha que se meter em fazer filme. Que tenha uma empresa privada, sem problema nenhum. Mas o estado vai deixar de patrocinar isso daí”, disse o presidente.
Criada em 2001, a Ancine é uma agência reguladora administrada por quatro diretores que tem como objetivo fomentar, regular e fiscalizar o mercado do cinema e do audiovisual no Brasil. O órgão era vinculado ao ministério da Cultura antes de sua extinção pelo presidente Bolsonaro e a sua transformação em secretaria ligada ao ministério da Cidadania. Os mandatos dos diretores não coincidem com as eleições presidenciais.
Sobre isso, o presidente comentou que fica “completamente amarrado”. “Parabéns à esquerda, não só no aparelhamento não só de pessoas como de instituições. Você tem agência para tudo, com mandato, e eu não posso fazer nada. Fico completamente amarrado no tocante a isso daí”, afirmou Bolsonaro na live.