A proposta que reduz os limites impostos a motoristas imprudentes é exemplo de uma política equivocada e retrógrada
Por Paulo Capuzzo – Editorias: Atualidades, Colunistas, Paulo Saldiva, Rádio USP – URL Curta: jornal.usp.br/?p=251422
O Brasil está andando para trás em suas políticas na área de saúde, como atesta a proposta do governo federal enviada ao Congresso, a qual aumenta a pontuação necessária para a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação, que passou de 20 pontos para 40 pontos, além de reduzir a periodicidade dos exames de validação para a obtenção do documento. “Nesse mesmo pacote macabro, vem o barateamento do acesso à carteira de motorista por você reduzir a necessidade -ou até mesmo abolir – de um indivíduo praticar em simuladores antes de ser colocado na rua”, salienta o professor Paulo Saldiva. Num país em que 35 mil pessoas morrem por acidentes de trânsito e em que o número de atropelamentos cresce ano a ano, trata-se de uma involução que tende a manter o País no pódio dos que ostentam uma das maiores taxas de mortalidade por direção imprudente.
Em vez de investir em educação no trânsito e de adotar práticas que coíbam a imprudência dos motoristas, o Brasil caminha no sentido oposto. Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna Saúde e Meio Ambiente.