Brasil segue países islâmicos em votações sobre direitos das mulheres na ONU

Posição brasileira se diferencia da maioria das nações europeias e ocidentais

Foto : UN Photo

Posição brasileira se diferencia da maioria das nações europeias e ocidentais

Por Juliana Almirante

O Brasil acompanhou o posicionamento de países de maioria islâmica em votações sobre direitos sexuais e das mulheres no mais importante órgão de Direitos Humanos da ONU, sediado em Genebra, ontem (12), de acordo com reportagem do jornal O Globo.

Parte dos países de maioria islâmica conta com governos autoritários. A posição brasileira se diferencia da maioria das nações europeias e ocidentais.

O país ainda abdicou de votar em uma resolução, aprovada pela maioria do conselho, que pedia a abertura de uma investigação sobre as milhares de execuções extrajudiciais possivelmente realizadas por policiais nas Filipinas, na conhecida “guerra às drogas” do presidente Rodrigo Duterte.

Já em uma resolução contra o casamento infantil e forçado, o Brasil votou a favor de uma emenda proposta por Egito e Iraque para excluir do texto uma referência “ao direito à saúde sexual e reprodutiva”.

A embaixadora brasileira, Maria Nazareth Farani Azevêdo, também votou a favor de outra proposta de emenda, sugerida por Bahrein e Arábia Saudita, monarquias absolutistas do Golfo Pérsico.

A medida enfraquece uma recomendação de educação sexual, mudando o texto para não mais recomendá-la “de acordo com a maturidade apropriada” de crianças e adolescentes, mas para torná-la dependente da “devida orientação dos pais e guardiões legais”.

O governo brasileiro não fundamentou nenhum desses apoios e foi derrotado nas propostas de emenda.

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