Investigação interna da empresa apura suposto esquema de lavagem de dinheiro na contratação
Por Lara Curcino
Uma investigação interna da Braskem, empresa petroquímica ligada da Odebrecht, descobriu que, em 2006, a companhia contratou, por R$ 2 milhões, o escritório do advogado Nilton Serson, para “monitoramento/manutenção dos votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal”.
Serson foi preso na Operação Carbonara Chimica, 63ª fase da Lava Jato. Os contratos entre ele e a empreiteira, dezoito ao todo, são investigados por falsidade ideológica e são suspeitos de terem servido somente para formalizar repasses em esquemas de lavagem de dinheiro.
A investigação da Braskem mira supostos pagamentos de R$ 50 milhões da Odebrecht ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, dos governos Lula e Dilma, que teria sido depositado como contrapartida para a edição das MPs 470 e 472, benéficas à empresa.