Em coletiva de imprensa a jornalistas, em Beirute, no Líbano, ele reforçou o discurso de inocência
Por Juliana Almirante no dia 08 de Janeiro de 2020 ⋅ 10:35
O ex-presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, fez hoje (8) a sua primeira aparição desde que fugiu do Japão. Em coletiva de imprensa a jornalistas, em Beirute, no Líbano, ele reforçou o discurso de inocência.
Segundo o brasileiro, os “princípios dos direitos humanos foram violados” com sua prisão. Ele ainda afirma que a justiça japonesa segurou seus documentos de defesa. “Fui brutalmente retirado de minha família”, disse o empresário.
Ghosn disse que a redução do desempenho da Nissan, no início de 2017, causou uma perseguição contra ele. Os japoneses da Nissan desejavam mais autonomia e a solução, segundo o ex-executivo, foi tirá-lo do posto.
Além da nacionalidade brasileira, Ghosn tem cidadania francesa e libanesa. Ele era alvo de quatro acusações por crimes financeiros no Japão, onde vivia prisão domiciliar sob fiança desde abril do ano passado. Lá ele tinha certa liberdade de movimento, mas sob condições estritas.
O empresário saiu do país a bordo de um jatinho privado e chegou a fazer uma escala em Istambul, na Turquia, antes de desembarcar no Líbano.