Patrícia Beltrão Braga, coordenadora do Projeto Fada do Dente, explica relações entre as células nervosas que ajudam a elucidar a doença
Por Andre Arias – Editorias: Atualidades, Rádio USP
Apesar de uma a cada 160 crianças no mundo ser autista, o funcionamento da doença ainda intriga muitos especialistas. O Projeto Fada do Dente, coordenado pela professora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Patrícia Beltrão Braga, utiliza a polpa de dentes de leite para obter células nervosas de pacientes portadores da doença.
Os resultados obtidos pela comparação entre as células de autistas e de indivíduos neurotípicos mostram a importância do astrócito para o mau funcionamento do sistema nervoso. Em pessoas portadoras da doença, os astrócitos produzem uma citocina em acesso, que acarreta uma neuroinflamação no cérebro. Os pesquisadores, então, utilizaram-se de um anticorpo para bloquear a ação desta citocina e obtiveram um resultado inesperado: o funcionamento do neurônio foi resgatado.
A professora ainda explicou as dificuldades em transformar o conhecimento proporcionado pelo projeto em tratamentos clínicos para portadores do autismo.
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