Por Jornal da Chapada
Uma imagem postada nas redes sociais mostrou como está a queda d’água da Cachoeira da Fumaça, no Vale do Capão, município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, com bastante volume de água. Como de costume, a água não chega com força nos pés da cachoeira, formando uma nuvem de gotículas de água, o que dá a impressão de ser uma névoa, fumaça.
Ela é a cachoeira mais alta da Bahia, com cerca de 340 metros, e a segunda do Brasil, perdendo apenas para a Cachoeira do El Dorado, no Amazonas por 13 metros.
A Fumaça é um destino para milhares de pessoas todos os anos. Pode-se chegar à Cachoeira da Fumaça por cima ou por baixo. A primeira é uma caminhada de cerca de seis quilômetros que se inicia no Capão e dura cerca de duas horas para ser completada. A trilha começa próxima a uma torre de telecomunicações ao lado de uma igreja.
No início da trilha está a sede da Associação de Condutores do Vale do Capão (ACV-VC). É necessário passar por lá para registrar os dados num livro de controle. Lá também é possível contratar um guia habilitado. É bom dar uma olhada na placa em frente à sede da associação. Nela existem algumas recomendações para a trilha, principalmente no que se refere à segurança de quem se aventura.
A alguns metros do início da trilha começa uma subida. Essa é talvez a parte mais cansativa, mas a trilha é bem visível, sem chances de se perder. A subida vai ficando íngreme e dá para se ter um belo visual do Morrão e da planície da Campina. A parte mais íngreme tem um desnível de 330 metros e é dividida em três patamares. Algumas partes mais difíceis foram calçadas para a passagem do gado que era levado para os pastos naturais de cima.
Curral
Quando termina a subida, a trilha vai se aproximando ao paredão de pedras. Lá, ela entra por uma mata curta, com solo arenoso, até chegar numa muralha de pedras. Depois dessa muralha começa o Curral e a trilha vai seguindo em direção leste. O Curral é composto por um campo rupestre repleto de bromélias, cactos e orquídeas além de uma diversidade biológica de até 30 mil sementes por metro quadrado.
Aqui começa um platô com cerca de três quilômetros com a vegetação conhecida como “gerais”, neste local tem que ter atenção, pois em alguns pontos de pedra no solo a trilha parece se bifurcar. Depois de uma trilha por dentro de uma vegetação mais fechada, enfim se chega no último obstáculo antes de se chegar no mirante da cachoeira: o próprio Rio da Fumaça.
O trecho que se faz a travessia é bem tranquilo e existe uma corda para auxiliar. Dá para passar pisando nas pedras. A vista dos cânions é espetacular, mas o que faz essa cachoeira especial é a vista de seu mirante. Jornal da Chapada com informações de Mochila e o Mundo.
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