Congresso quer tirar dinheiro de saúde e infraestrutura para inflar fundo eleitoral

Caso a mudança seja aprovada, recursos das campanhas municipais passarão de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões

Foto : Arquivo/Agência Brasil

Caso a mudança seja aprovada, recursos das campanhas municipais passarão de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões

Por Juliana Rodrigues 

A comissão do Congresso responsável pelo Orçamento aprovou ontem (4) um relatório preliminar que aumenta para R$ 3,8 bilhões o fundo eleitoral em 2020. Para turbinar os recursos das campanhas municipais, o Congresso prevê cortes em saúde, educação e infraestrutura.

Segundo a Folha, inicialmente, o governo de Jair Bolsonaro desejava destinar R$ 2 bilhões para custear as eleições. No entanto, presidentes e líderes de partidos que representam a maioria dos deputados e senadores articularam a elevação do valor do fundo em R$ 1,8 bilhão.

Tal aumento só foi possível após a redução de R$ 1,7 bilhão nas despesas de diversos ministérios. Desse montante, os maiores cortes foram em saúde (R$ 500 milhões), infraestrutura e desenvolvimento regional (R$ 380 milhões), que inclui obras de habitação, saneamento. A redução em educação chegou a R$ 280 milhões.

O novo valor do fundo eleitoral ainda será votado no relatório final na Comissão Mista do Orçamento. Depois, o plenário do Congresso analisará a proposta em sessão prevista para o dia 17 de dezembro.

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