Roberto Badaró comentou que, embora não estejam no grupo de risco, saúde dos mais jovens deve estar em atenção
Por Matheus Simoni no dia 17 de Março de 2020 ⋅ 08:34
O médico infectologista e pesquisador chefe do Instituto de Tecnologia em Saúde do Senai/ Cimatec Roberto Badaró comentou em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (17), algumas das medidas para reforçar a higienização diante da pandemia do novo coronavírus. Na avaliação do profissional de saúde, diante das notícias, dois grupos se formam: as pessoas que se preocupam demais e as que não se interessam nos cuidados necessários.
“A coisa começa a ter uma complicação maior. Existem dois grupos: as pessoas com pânico excessivo, que se fecham e estocam comida; teremos outros problemas que são os efeitos psicológicos disso. É um enclausuramento desnecessário. O outro grupo é quem não está nem aí, não se higieniza e não tem atenção aos cuidados. Precisamos ter um grupo de trabalho, precisamos ter uma comunicação de evitar isso”, disse o médico. Ainda segundo Badaró, a situação das crianças infectadas pelo novo coronavírus ainda não está definida.
Ontem (16), a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou o registro de mortes de crianças causadas pela infecção do Covid-19. Porém, segundo o médico infectologista, nesses casos, as crianças já têm algum registro de doenças respiratórias. “As pessoas de até 29 anos quase não apresentam sintomas graves. As pessoas menores de 10 anos podem ter quadro respiratório um pouco mais grave, mas as que morreram já tinham tido doenças respiratórias. Não é que o sistema de saúde não esteja capacitado a atender o mundo todo, mas tem que prestar atenção a tudo o que pode acontecer. As crianças não podem ficar vulneráveis”, comentou.