Coronavírus: OMS pede mais ação de países europeus; trabalho humanitário no mundo precisa continuar

A agência humanitária da ONU lembrou na terça-feira (17) que milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no mundo, e que esse trabalho precisa continuar diante da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, a COVID-19.

O camaronês Ambuchu John tem 58 anos e é portador de deficiência visual. Na foto, ele está em sua nova casa com seus dois filhos mais velhos, tendo sido deslocado pelos combates no distrito de Buea, Camarões. Foto: OCHA / Giles Clarke

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Atualizado em 18/03/2020


A agência humanitária da ONU lembrou na terça-feira (17) que milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no mundo, e que esse trabalho precisa continuar diante da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, a COVID-19.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa afirmou que os países do continente precisam tomar “medidas ousadas” para interromper a disseminação do vírus, e um órgão de narcóticos apoiado pela ONU pediu a manutenção de estoques suficientes de medicamentos


A agência humanitária da ONU lembrou na terça-feira (17) que milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no mundo, e que esse trabalho precisa continuar diante da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, a COVID-19.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa afirmou que os países do continente precisam tomar “medidas ousadas” para interromper a disseminação do vírus, e um órgão de narcóticos apoiado pela ONU pediu a manutenção de estoques suficientes de medicamentos.

Milhões ainda precisam de apoio da ONU para salvar vidas, lembra funcionário humanitário

Um alto funcionário humanitário da ONU lembrou, na terça-feira, que milhões de pessoas vulneráveis ​​ainda contam com a ajuda da Organização para sobreviver.

Em declarações ao UN News em Genebra, Jens Laerke, porta-voz do escritório de coordenação humanitária da ONU, ou OCHA, disse que alguns dos países afetados pela pandemia de coronavírus já estão em crise humanitária – devido a conflitos, desastres naturais e mudanças climáticas.

“É extremamente importante que continuemos o trabalho de salvar vidas nesses países”, disse ele, “e que sustentemos a resposta humanitária em todo o mundo”.

As equipes do OCHA em Genebra, disse Laerke, estão apoiando coordenação, gerenciamento de informações e logística do apoio humanitário. Nesse campo, o OCHA também está trabalhando para apoiar os países que já têm casos de COVID-19 ou podem tê-los no futuro.

“É muito importante que não deixemos ninguém para trás nesta crise, e devemos combater isso juntos”, acrescentou, ecoando os pedidos da ONU por solidariedade global.

‘Tome a ação mais ousada para impedir ou retardar a propagação do vírus’, diz chefe da OMS Europa

Agora que a Europa é o epicentro da pandemia da COVID-19, todos os países, sem exceções, devem tomar as medidas mais ousadas para impedir ou retardar a propagação do vírus, disse na terça-feira Hans Kluge, chefe europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Kluge – falando de um escritório regional vazio da OMS em Copenhague, onde os funcionários estão trabalhando remotamente – declarou que, em um momento em que a demanda por apoio da OMS está crescendo, o vírus “pode ser reprimido pela solidariedade nas comunidades, nas nações e dentro da nossa região”.

“Todo mundo na sociedade tem um papel a desempenhar: não se infectar e, se estiver infectado, proteger outras pessoas, especialmente idosos e pessoas com condições médicas pré-existentes.”

Os governos estão fazendo o suficiente?

Muitas pessoas estão perguntando se os governos estão fazendo o suficiente para interromper a disseminação do vírus, disse o chefe da OMS Europa, acrescentando que toda a região – onde um terço dos casos globais está sendo relatado – está “alerta e atenta”, atuando com prontidão e resposta em vários níveis.

Kluge explicou que o contexto para cada país é diferente, dependendo do nível de infecção e da velocidade com que a COVID-19 está se espalhando.

As ações básicas são as mesmas, disse ele, mas a ênfase muda dependendo do estágio em que um país chegou. Todos os países, no entanto, devem trabalhar para “se preparar e estar pronto; detectar, proteger e tratar; reduzir transmissão; e inovar e aprender, protegendo as pessoas vulneráveis”.

Garantir o acesso ao medicamento: órgão de narcóticos da ONU

Enquanto isso, o Conselho Internacional de Controle de Narcóticos, com sede em Viena, disse que os governos devem garantir que os planos nacionais para combater o coronavírus não interfiram no fornecimento de substâncias controladas, como medicamentos para alívio da dor.

O órgão apoiado pela ONU também instou todos os países a garantir que existam estoques-tampão suficientes de substâncias controladas para garantir a disponibilidade desses medicamentos durante toda a duração da pandemia.

O presidente do Conselho, Cornelis P. de Joncheere, lembrou aos governos que, em emergências agudas, é possível usar procedimentos simplificados de controle para a exportação, transporte e fornecimento de medicamentos contendo substâncias controladas.

 

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