O Órgão Eleitoral Plurinacional da Bolívia informou nesta quinta-feira que o atual presidente, Evo Morales, foi, de fato, o grande vencedor do pleito presidencial ocorrido no último domingo, informa a AFP.
Em meio a uma controversa contagem de votos, o país se encontra atualmente em situação de fortes tensões, apesar dos esforços das autoridades para garantir a transparência do processo.
Saludamos la intervención de nuestros ministros @ArceZaconeta y @DiegoPary en la @OEA_oficial, donde sustentaron de manera clara y documentada la transparencia, legalidad y legitimidad del proceso electoral en #Bolivia. Reiteramos la invitación a una auditoría del conteo de votos pic.twitter.com/yHBSwsADSf
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) October 24, 2019
Saudamos a intervenção de nossos ministros Arce Zaconeta e Diego Pary na OEA, onde sustentaram de maneira clara e documentada a transparência, legalidade e legitimidade do processo eleitoral na Bolívia. Reiteramos o convite para uma auditoria da contagem de votos.
Embora Morales venha comemorando há vários dias a vitória na disputa já no primeiro turno, seu principal opositor, Carlos Mesa, se recusa a aceitar a derrota, acusando o governo de possível fraude.
Preocupados com a situação no país, os governos de Brasil, Estados Unidos, Colômbia e Argentina sugeriram, também de acordo com a AFP, que a Bolívia deveria realizar, de qualquer forma, um segundo turno “para restaurar a credibilidade em seu sistema eleitoral”, opinião compartilhada pela Missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) no país.
Como lo dijo la Misión de la #OEAenBolivia, permitir que el pueblo se exprese en una segunda vuelta es la salida más democrática y una oportunidad para evitar una confrontación política y social en el país. Mis palabras hoy en @CP_OEA pic.twitter.com/r0JzGychzY
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) October 24, 2019
Como disse a Missão da OEA na Bolívia, permitir que o povo se expresse em um segundo turno é a saída mais democrática e uma oportunidade para evitar um confronto político e social no país. Minhas palavras hoje no Conselho Permanente da OEA.
Autoridades eleitorais citadas pela Associated Press anunciaram no final do dia que a votação teria que ser realizada novamente em cinco pontos do departamento de Beni, por conta de possíveis irregularidades no pleito de domingo. Entretanto, tais votações, a serem realizadas no próximo dia 3, não mudariam o resultado final da eleição.
“Para ignorar o voto do povo, especialmente do campo, se juntaram entreguistas e golpistas. Eles são aliados de ditadores que ontem saquearam a Bolívia com a privatização e excluíram os indígenas com a discriminação. O golpismo não passará”, declarou Evo Morales nesta quinta-feira sobre o atual cenário.