Criticada por falta de inovação, Apple se assume como produtora de conteúdo

Gigante da tecnologia assume transição para o entretenimento e demonstra contar com o apoio de grande parte de Hollywood contra domínio da Netflix

Reprodução/Youtube Steven Spielberg durante apresentação da Apple Fonte: Gente - iG @ https://gente.ig.com.br/cultura/2019-03-25/apple-transicao-entretenimento.html?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=ig

Gigante da tecnologia assume transição para o entretenimento e demonstra contar com o apoio de grande parte de Hollywood contra domínio da Netflix


Criticada pela falta de inovação nos últimos eventos e com a iPhone já devidamente franqueado e não mais na ponta no mercado de smartphones, a Apple já sinalizava uma abertura maior para o entretenimento e oficializou essa tendência no evento realizado no Teatro Steve Jobs na sede da empresa em Cupertino, na Califórnia.

Foram anunciados um aplicativo que congrega revistas e jornais, o Arcade, uma plataforma para games, um redesenhado aplicativo que congregará diversos canais como STARZ, HBO, CBS All Access, ShowTime, Amazon Prime Video, Hulu, entre outros e o Apple TV Plus, com conteúdo original da empresa.

No momento que se assume como produtora de conteúdo, a empresa chefiada por Tim Cook desde a morte de Steven Jobs contou com o apoio maciço e indiscriminado da nata de Hollywood. Steven Spielberg , Jennifer Aniston, Reese Witherspoon, Oprah Winfrey, Jason Momoa, Damien Chazelle, J.J Abrams e M. Night Shyamalan foram alguns dos talentos no vídeo e no palco durante a apresentação.

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J.J Abrams J.J Abrams é um dos talentos trabalhando com a Apple

A presença de Steven Spielberg em particular sinaliza o apoio de Hollywood à plataforma, que será disponibilizada em computadores da marca e em SmartTVs em mais de 100 países no segundo semestre do ano.  O cineasta, para quem não s elembra, é forte opositor ao fato dos filmes da Netflix serem elegíveis ao Oscar.

Isso, junto ao fato da do app de TV contar com a Netflix nem com a Disney é um sinal claro da equivalência de forças neste momento em Hollywood e também de como a empresa está disposta a atuar nesse campo de batalha.

Além do mais, ao incluir além de seu conteúdo original, um aplicativo que agrega outras plataformas de streaming a empresa se prepara para lidar com o inevitável boom nesse mercado com alguma vantagem.


Conteúdo original da Apple

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ReproduçãoCena de See, uma das séries originais do Apple TV Plus

Foram mais de 30 produções anunciadas nesta segunda-feira. Algumas são apenas ideias, outras estão com o desenvolvimento bastante avançado. Oprah Winfrey, por exemplo, que tem um canal e uma produtora, vai desenvolver duas séries documentais para o streaming. uma sobre assédio e outra sobre doenças mentais. Além de criar um clube de leitura cujos detalhes ainda serão melhor detalhados.

Recentemente a empresa fechou um contrato com a A24, produtora pequena responsável por filmes aclamados como “Lady Bird” e “Moonlight”, o que sinaliza a vontade de investir em conteúdo para cinema também, sem descuidar do streaming.

A ramificação importa porque a Apple atestou nesta segunda-feira que as gigantes da tecnologia devem procurar atuar com alguma margem de segurança também no entretenimento, já que há uma base de clientes consumidora em potencial. Facebook e Google também se movimentam nesse sentido. Mas o que se viu na Califórnia foi uma ação muitíssimo bem coordenada.

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