Demitido ou só afastado? o estranho caso do ministro do Turismo

Foto: Google -Valter Campanato/Agência Brasil

Por Rodrigo Durão

Tanto a direita como a esquerda comemoraram, mas Marcelo Álvaro Antônio deve voltar ao cargo um dia depois.


Após 36 dias, o governo de Bolsonaro pareceu perder o primeiro integrante do de seu Alto Escalão afastado por corrupção: a exoneração assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e publicado no Diário Oficial desta quarta 6 teve como alvo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Ela acontece dois dias após graves denúncias de corrupção surgirem contra Antônio.

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A exoneração foi comemorada tanto pela direita como pela esquerda, que a ligou à investigação publicada pelo jornal Folha de São Paulo na segunda 4. Nela, Antônio teria participado de um esquema de lançamento de candidaturas laranja para desviar dinheiro do Fundo Eleitoral. Abaixo, a reação do coordenador do MTST, Guilherme Boulos:

 

O Antagonista foi um dos sites de direita que comemoraram a decisão, dizendo que Moro havia feito “a coisa certa: afastou imediatamente o ministro suspeito”.

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O raro clima de entendimento entre as polarizadíssimas esquerda e direita brasileiras, entretanto, durou pouco:  o ministro exonerado publicou em suas redes que o afastamento seria apenas temporário e no dia seguinte voltaria à pasta ministerial.

A exoneração temporária do Alto Escalão do governo para que integrantes garantissem seus lugares no legislativo já havia sido exercitada na semana anterior. Na sexta, primeiro de fevereiro, três ministros (Onyx Lorenzoni da Casa Civil, Osmar Terra da Cidadania e Tereza Cristina da Agricultura passaram pelo menos expediente.

Já sobre o suposto laranjal de Antônio, o tema segue controverso dentro das linhas governistas: enquanto Moro evita comentar o assunto, afirmando com uma pitada de mistério que “o tempo em que ministros da Justiça que atuavam como advogados de membros do governo federal está no passado”, o vice-presidente, Hamilton Mourão, defende que Antônio seja investigado: ““Se for verdadeira, é grave. Temos de ver até onde há verdade nisso aí”.

Segue o jogo.


Fonte:www.cartacapital.com.br

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