Dólar sobe 1% e fecha a R$ 4,18, no maior valor em quase um ano

Moeda americana se aproxima da maior cotação desde o início do Plano Real, quando atingiu R$ 4,1957; bolsa tem desvalorização de 0,5%

(IStock/Getty Images)

Moeda americana se aproxima da maior cotação desde o início do Plano Real, quando atingiu R$ 4,1957; bolsa tem desvalorização de 0,5%

dólar comercial subiu 1% nesta segunda-feira, 2, negociado em média a 4,18 reais para a venda. O valor superou o patamar atingido na última quinta-feira, 29, quando a moeda foi vendida a 4,17 reais – até então, o maior valor de fechamento desde o dia 13 de setembro de 2018, momento em que o dólar alcançou 4,1957 reais, nível mais alto registrado desde o Plano Real.Internamente, o salto no dólar foi influenciado pela piora na avaliação do governo Bolsonaro, cuja reprovação ao Presidente da República subiu para 38% em agosto, ante 33% em julho, enquanto a aprovação caiu de 33% para 29%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira. “O investidor olha para o Brasil e não tem o que comemorar. A percepção de que o governo está quebrado acentua cada vez mais e pode ameaçar negativamente a Reforma da Previdência, caso as quantias liberadas paras as medidas parlamentares não sejam honradas”, afirma Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital.

No cenário externo, o embate tarifário entre a China e os Estados Unidos também teve influência na cotação da moeda. O Ministério do Comércio da China informou nesta segunda-feira que entrará com um processo no mecanismo de resolução de disputas da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o primeiro lote de tarifas dos Estados Unidos sobre 300 bilhões de dólares em importações do país asiático, que entrou em vigor neste domingo 1º de setembro.

Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou o pregão desta segunda-feira com queda de 0,5%, encerrando aos 100.625 pontos. O recuo foi impulsionado pelo feriado nacional nos Estados Unidos dedicado aos trabalhadores, o Labor Day. “A ausência dos americanos no ambiente de negócios faz com que os mercados ao redor do mundo percam liquidez”, afirma Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

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