‘Ele achava-se péssimo’, lembra Fernando Guerreiro sobre início da carreira de Wagner Moura

Diretor teatral conta, no entanto, que reconheceu o talento "acima da média" do ator desde a primeira vez que entrou em uma sala de ensaio com ele

Foto : Matheus Simoni/ Metropress

Diretor teatral conta, no entanto, que reconheceu o talento “acima da média” do ator desde a primeira vez que entrou em uma sala de ensaio com ele

Por Juliana Almirante no dia 31 de Janeiro de 2020 ⋅ 12:33

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, contou, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (31), que o ator baiano Wagner Moura inicialmente não acreditava que a carreira iria dar certo.

O artista conhecido mundialmente, por diversas novelas, séries e filmes, ganhou o primeiro prêmio em um espetáculo chamado Abismo de Rosas, que tinha direção de Guerreiro.

“Na primeira vez que entrei em uma sala de ensaio com Wagner, eu disse que ele era acima da média. Era engraçado que ele não queria ser ator. Ele achava-se péssimo. Ele fez um especial da TV Globo comigo e pediu para cortar a cena dele. Ele não acreditava que aquilo fosse dar certo. E acabou virando um dos maiores atores do mundo, eu posso dizer, hoje”, disse.

Ele contou ainda que escolheu o nome artístico de Fernando “Guerreiro”, mesmo tendo sido registrado com os sobrenomes dos pais, “Ferreira de Carvalho”. A mudança ocorreu depois de fazer um curso de teatro com Eduardo Cabús, que comparou seu nome a de contador e comerciante. Foi quando Fernando decidiu homenagear um fotógrafo conhecido na década de 70, Antônio Guerreiro.

“Aí eu disse que ia botar Fernando Guerreiro e Cabús disse que adorou. Minha mãe e meu pai ficaram revoltados porque eu estaria rejeitando a família. Quando eu troquei, não teve mais jeito. Aí ficou essa dupla personalidade”, brincou.

O presidente da FGM relatou ainda que, ao assumir o cargo na fundação, percebeu que a entidade havia se desenvolvido durante a gestão de Mário Kertész na prefeitura de Salvador.

“Fui pesquisar o histórico, quando entrei na fundação, e eu disse que tinha que voltar à época de Mário. Porque na época que você (Mário) estava na prefeitura, a fundação nasceu e floresceu. Foi uma época brilhante. Waly Salomão, Roberto Pinho, Gilberto Gil, você tinha ali a nata, Lina Bombardi”, contou.

Na gestão da fundação, ele comemora que reformou o Teatro Gregório de Mattos e trouxe de volta o projeto Boca de Brasa. “Fizemos em 21 bairros. E agora já estamos rodando com nove nos bairros, fixos. É um projeto fascinante”, afirma.

Guerreiro celebrou ainda que amanhã (31) a FGM vai registrar a Festa de Yemanjá como Patrimônio Imaterial de Salvador.

“A partir daí, vamos nos reunir com pescadores para fazer plano de salvaguarda. Começar a desenvolver ações para que festa seja preservada no que ela tem de mais original. É uma coisa muito importante de a gente ficar atento, para não se desfazer”, alerta.

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