Faltam profissionais para o enorme mercado da ciência de dados

Cibele Noveli anuncia que a USP oferecerá primeira graduação em Estatística e Ciência de Dados do Brasil

Cibele Noveli anuncia que a USP oferecerá primeira graduação em Estatística e Ciência de Dados do Brasil


Editorias: Atualidades, Jornal da USP no Ar, Rádio USP – URL Curta: jornal.usp.br/?p=270364

Nos rankings internacionais, os cientistas de dados já ganharam o primeiro lugar, na disputa pela melhor carreira. No Brasil, faltam profissionais nessa área. Nesse sentido, a USP oferece uma excelente oportunidade: o primeiro curso de graduação do País em Estatística e Ciência de Dados. Extrair conhecimentos úteis a partir de dados, utilizando ferramentas estatísticas, matemáticas e computacionais. Esse é o papel do cientista de dados, para quem não faltam vagas no mercado de trabalho.

Empresas estão fazendo uma verdadeira peregrinação ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. “Existe um mercado enorme, demandando mais do que as universidades conseguem oferecer”, comenta a professora Cibele Maria Russo Noveli, do ICMC, ao Jornal da USP na Ar. A escassez de cientistas de dados nos Estados Unidos oscilava em torno de 140 a 190 mil profissionais, em 2018.

A ciência de dados é um conhecimento integrado e multidisciplinar, abordando ferramentas computacionais, matemática teórica e aplicada, estatística, machine learning e big data. “São alunos que gostam de ciências duras e eventualmente gostam de aplicar o conhecimento técnico em outras áreas”, aponta a professora.

“Bancos, agências de publicidade, empresas de pesquisa de mercado, indústrias”, todas são oportunidades de emprego, segundo Cibele. O curso abarca muitas áreas do conhecimento, do mercado financeiro à farmácia. “É necessária uma disposição a aprender coisas novas. (…) esses profissionais não vão necessariamente trabalhar no IBGE”, comenta.

O curso de Estatística atualmente tem nove semestres de duração. A nova graduação, com ênfase em Ciência de Dados, prevê oito períodos, com estágio obrigatório. Serão disponibilizadas 40 vagas, 28 via Fuvest e 12 pelo Sisu. “Diversas empresas de tecnologia e de crédito vêm para o interior, beber direto na fonte. Especificamente para São Carlos. Alguns alunos vão trabalhar nos grandes centros, mas muitos conseguem emprego por aqui. Importantes avaliadoras de crédito e startups de marketing digital estão aqui”, expõe Cibele.

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