Citação, revelada pela Folha hoje (20), foi no texto intitulado “A farsa da democracia”, divulgado pela revista Justiça & Cidadania em 2014.
Por Juliana Almirante
O subprocurador da República Antonio Carlos Simões Martins Soares – cotado para ocupar a Procuradoria Geral da República (PGR) – já chamou a democracia de “um verdadeiro embuste” e defendeu que a maioria dos meios de comunicação só a defende “mais por interesses próprios do que por convicção ideológica”.
A citação, revelada pela Folha hoje (20), foi no texto intitulado “A farsa da democracia”, divulgado pela revista Justiça & Cidadania em 2014.
Antonio Carlos é apontado por integrantes da categoria como apadrinhado por Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e pelo advogado do senador, Frederick Wassef. No entanto, o subprocurador nega.
No texto publicado na revista, Soares afirma que “a democracia tal como é hoje praticada nos países ocidentais e imposta ao resto do mundo como modelo de regime político se apresenta como um verdadeiro embuste”.
“A começar pelo acesso aos mandatos eletivos, passando pelo espaço nos veículos de comunicação, a disputa entre candidatos se mostra inteiramente desigual”, disse Soares, que, na época, era procurador regional da República no Rio de Janeiro. Atualmente, ele está lotado na PGR, em Brasília.
O procurador diz, no texto, que “o acesso e a manutenção do poder nas democracias ocidentais depende decisivamente do desempenho da mídia nos períodos eleitorais”.
“Dessa interação espúria entre eleitos e a imprensa audiovisual nasce uma relação de cumplicidade, tornando ambos parceiros inseparáveis do jogo político”, afirma.
Além disso, como noticiou a coluna de Mônica Bergamo ontem (19), o novo favorito para a PGR também já respondeu a uma ação penal sob acusação de ter falsificado um documento.