por Cláudia Cardozo / Francis Juliano
A Promotoria de Justiça de Feira de Santana abriu inquérito para apurar a existência de células neonazistas na cidade. A investigação, informada nesta quinta-feira (21), ocorre após a divulgação de uma pesquisa da antropóloga da Unicamp Adriana Abreu Magalhães Dias (ver aqui). Segundo a docente, as células são formadas por até 40 pessoas com ideias e atividades comuns. A condução do inquérito é comandada pelo promotor Audo da Silva Rodrigues, coordenador regional do Ministério Público do Estado (MP-BA).
Na pesquisa, Feira de Santana aparece como uma das cidades nordestinas com registro desses grupos, assim como Fortaleza e João Pessoa. No entanto, a maioria das células se concentra no Sul e Sudeste do país. São Paulo tem o maior número de grupos neonazistas [99, sendo 28 só na capital]. Depois, vem Santa Catarina [69], Paraná [66] e Rio Grande do Sul [47].
No país, foram registrados 334 grupos de inspiração nazista. Em língua portuguesa foram identificados pela pesquisadora mais de 6,5 mil endereços eletrônicos de organizações nazistas. A lei 7.716/89 pune o crime com pena de detenção de um a três anos, além de multa.