Em entrevista à Rádio Metrópole, Carla Ramos afirmou que três dos cinco hotéis da rede usavam o dispositivo
Por Juliana Rodrigues
A titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, Carla Ramos, afirmou, hoje (9), em entrevista à Rádio Metrópole, que as ligações clandestinas de energia identificadas em três dos cinco hotéis da rede Sol Express eram acionadas em horários de pico.
“Em verdade eles possuem um dispositivo que eles acionam nos momentos de pico, que são os momentos em que as pessoas voltam dos passeios, chegam no hotel, é banho quente, ar-condicionado ligado, televisão, liga todas as luzes de uma vez só, então nesses momentos de pico eles colocavam esses dispositivos para que acionasse esse desvio de energia, que é chamado de furto. O famoso ‘gato’. A partir de então, a gente montou a operação, a gente sabia que tinha os horários em que os funcionários agiam, a gente já vinha monitorando, fazendo investigações, ao longo desse tempo, e no momento em que os funcionários chegaram para fazer o dispositivo, a polícia acionou e levou os dois funcionários da manutenção para serem ouvidos”, afirmou, em entrevista a José Eduardo, no Jornal da Bahia no Ar.
Segundo a delegada, as investigações começaram após a Coelba apresentar um relatório que indicava consumo atípico em um dos hotéis. O monitoramento levou à constatação de que as unidades dos bairros da Barra e do Corredor da Vitória não tinham o dispositivo de furto de energia. Os proprietários e gerentes da rede Sol Express serão intimados a depor nos próximos dias.
“É importante também frisar que a gente tem passado por um momento difícil na hotelaria da Bahia. E a gente vê que existem empresários que querem levar seu negócio de maneira lícita e honesta e às vezes não conseguem concorrer com outros artifícios que outros empresários fazem. A gente não quer, de maneira alguma, prejudicar o serviço hoteleiro na Bahia, mas a gente quer uma justiça dos empresários, que todos eles estejam na mesma situação, pagando seus impostos e contas, da mesma maneira que a gente paga”, ressaltou.