Por Gabriela Coelho
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Distrito Federal, vai analisar duas representações protocoladas contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Os autores são o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Os dois pedem a suspensão e a posterior cassação da carteira de advogado do ex-chefe do MP, que recentemente abriu um escritório na capital, por “atitude incompatível com a advocacia”.
Se as representações forem consideradas procedentes, Janot ficará impedido de advogar.
O caso será analisado pelo Tribunal de Ética da OAB-DF. “Registro aqui como pode alguém com restrição profissional —no caso não poder se aproximar do STF— continuar advogando?”, diz uma das representações.
Declarações Polemicas
O ex-procurador-geral da República disse, na última quinta-feira (26) ao jornal O Estado de S.Paulo que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. “Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou Janot.
Já na sexta-feira (27) o ministro Alexandre de Moraes autorizou uma ação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal em endereço residencial e escritório do ex-procurador-geral.
Alexandre também proibiu Janot de se aproximar a menos de 200 metros de qualquer um dos ministros do tribunal. Ele está impedido de entrar no STF. Moraes ainda suspendeu o porte de arma do procurador aposentado.