Governo Bolsonaro defende abstinência sexual contra gravidez precoce

Os ministérios da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH) e da Saúde querem incluir uma nova frente nas políticas adotadas para a prevenção da gravidez precoce e sexo seguro entre adolescentes: a abstinência sexual.

Foto: Carolina Antunes/PR

Sexta, 03 de Janeiro de 2020 – 15:00

Os ministérios da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH) e da Saúde querem incluir uma nova frente nas políticas adotadas para a prevenção da gravidez precoce e sexo seguro entre adolescentes: a abstinência sexual. Segundo o jornal O Globo, o ministério liderado pela ministra Damares Alves passou a preparar eventos públicos para promover a abstinência sexual, sob o pretexto de discutir iniciativas voltadas à prevenção da gravidez na adolescência.

O ministério afirmou que usou como referência “estudos científicos e a normalização da espera como alternativa para iniciação da vida sexual em idade apropriada, considerando as vantagens psicológicas, emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas, sem que isso implique em críticas aos demais métodos de prevenção”.

Para Mariana Franzoi, professora do Departamento de Enfermagem da Universidade de Brasília (UnB), não se pode impor o modo como a sexualidade se manifesta. “É preciso saber respeitar os adolescentes, que já têm autonomia. Trabalha-se com educação sexual para que os adolescentes se cuidem e façam sexo seguro, quando eles quiserem”, declarou, em entrevista à publicação.

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