Guiné-Bissau: eleiçao presidencial será mesmo a 24 de Novembro 2019

Na Guiné-Bissau as eleições presidenciais vão mesmo ter lugar a 24 de Novembro e vão custar 5,9 milhões de euros, incluindo 1,3 milhões de dívida das legislativas de 10 de Março, garante a ministra de tutela Odete Semedo.

Na Guiné-Bissau a eleição presidencial terá mesmo lugar a 24 de Novembro de 2019 RFI

Por RFI

Na Guiné-Bissau as eleições presidenciais vão mesmo ter lugar a 24 de Novembro e vão custar 5,9 milhões de euros, incluindo 1,3 milhões de dívida das legislativas de 10 de Março, garante a ministra de tutela Odete Semedo.

Mesmo com as polémicas à volta do processo de correcção dos cadernos eleitorais, do qual recusam fazer parte o PRS, o Madem-G15 e a APU-PDGB (partido que integra o governo) e apesar da falta de dinheiro, o Governo guineense acredita que as eleições presidenciais vão ter lugar a 24 de Novembro.

Estes partidos acusam o Governo de estar a preparar fraude com o processo de correcção das omissões de nomes, isto é a introdução nos cadernos eleitorais de nomes de cerca de 25 mil cidadãos inscritos nas legislativas de março, mas que devido às falhas técnicas não puderam votar.

O Partido da Renovação Social – PRS – avançou mesmo com uma providência cautelar no tribunal, pedindo ao órgão que mande parar o processo das correcções de dados, mas apesar da justiça estabelecer que a resposta deve ser dada num prazo de cinco dias, já lá vão mais de duas semanas e a resposta não surgiu ainda.

Em relação ao dinheiro para financiar as eleições presidenciais, a ministra da Administração Territorial, Odete Semedo, disse que inicialmente havia um orçamento de cerca de 8,7 milhões de euros (5,7 mil milhões de francos CFA), mas com os cortes decididos pelos Ministério das finanças, como o de 50% da verba destinada à educaçao cívica para estas eleições, agora já são só necessários cerca de 5,9 milhões de euros.

Entrevistada por Mussa Baldé Odete Semedo garante que “”tudo está na trilha e nós vamos avançando…24 de Novembro não é para falhar, porque já não temos Presidente da República que vá mudar e que vá promulgar novas datas, portanto há data marcada e é para ser cumprida e nós não vamos nos distrair“.

O mandato do Presidente José Mário Vaz terminou a 23 de Junho deste ano.

Odete Semedo que também tem a pasta de Gestão Eleitoral afirmou quanto à soma de 5,9 milhões de euros “nós acreditamos que até lá haverá dinheiro suficiente, não vou fazer futurismo, mas acredito que sim“.

Quanto à dívida de cerca de 1,3 milhões de euros (900 milhões de francos CFA) para com os fornecedores durante as eleições leislativas de 10 de Março, esta só será paga mediante auditoria, garante ainda Odete Semedo

O governo guineense já está a financiar as despesas primárias e durante a VII Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África – TICAD – que terminou esta sexta-feira (30/08) em Okinawa, o primeiro-ministro Aristides Gomes conseguiu garantias de financiamento do Japão para as eleições presidenciais.

Também esta sexta-feira (30/08) em Dili, no quadro das comemorações dos 20 anos de referendo que culminou na independência de Timor Leste, Aristides Gomes obteve a promessa do envio rápido de uma equipa técnica timorense, para avaliar as necessidades de apoio às presidenciais.

Portugal também se disponibilisou em fornecer alguns materiais eleitorais, que serão contabilizados no orçamento.

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