Por RFI
Na Guiné-Bissau continua a crise política, com apoios ao Governo exonerado segunda-feira pelo Presidente José Mário Vaz, caso dos Estados Unidos da América e da Espanha, solidários com o primeiro-ministro Aristides Gomes.
Em Bissau a situação continua incerta, ainda que aparentemente calma.
Na verdade o país conta com dois Governos, ainda que um ainda não esteja em efetividade de funções.
As portas de todos os ministérios e secretarias de Estado, bem como o Palácio do Governo estão a ser patrulhadas por soldados da força da Ecomib e pela polícia guineense.
Falou-se que os membros do Governo do primeiro-ministro Faustino Imbali nomeado e empossado esta quinta-feira (31/10) iriam entrar à força nos departamentos governamentais, mas até ao momento nada disso aconteceu.
O que aconteceu foi que os partidos que apoiam o Governo de Faustino Imbali, neste caso o Madem-G15, o PRS e a APU-PDGB, endereçaram uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres pedindo-lhe que retire a CEDEAO da mediação da crise guineense, acusando esta organização sub-regional de ingerência nos assuntos internos da Guiné-Bissau.
Amanhã (2/11) é aguarda em Bissau uma nova missão de alto nível da CEDEAO, que ficará no país até 4 de Novembro e será dirigida pelo chefe da diplomacia do Niger Kalia Ankourao.
Enquanto isso, o Governo do primeiro-ministro, Aristides Gomes continua em funções. Esta sexta-feira (1/11) realizou mais uma reunião extraordinária do conselho de ministros.
Notas salientes da reunião, foram retiradas a confiança politica a dois secretários de Estado: o do Ensino Superior, Garcia Bedeta e o dos Transportes e Comunicações, Samuel Dinis Manuel, ambos são dirigentes da APU- PDGB e que tomaram posse ontem no novo Governo.