Homem é detido por fazer falsa ameaça de ataque na Flórida

Ligação com ameaça de um tiroteio em um rede de supermercados fez com que mil pessoas deixassem o local. Suspeito foi preso pela polícia local

Dois tiroteios aconteceram nos EUA neste final de semana LARRY W. SMITH/EPA/EFE - 5.8.2019

Ligação com ameaça de um tiroteio em um rede de supermercados fez com que mil pessoas deixassem o local. Suspeito foi preso pela polícia local

Da EFE

Um homem de 31 anos foi acusado pela Justiça americana de mentir ao ameaçar abrir fogo em um supermercado da comunidade de Gibsonton, na Flórida, o que obrigou cerca de mil pessoas a deixarem o local, incidente ocorrido em meio à comoção pelos ataques deixaram pelo menos 29 mortos no Texas e em Ohio.

O escritório do xerife do condado de Hillsborough informou nas redes sociais sobre a detenção de Wayne Lee Padgett, que supostamente ameaçou por telefone atacar um supermercado da rede Walmart em Gibsonton.

A imprensa local afirma que a polícia não encontrou nenhuma arma na casa do detido. Por esse motivo, foi acusado de divulgar informação falsa sobre o uso de uma arma de fogo de maneira violenta. A Justiça determinou uma fiança de US$ 7.500 (cerca de R$ 28 mil), segundo o canal NBC 6.

A ligação, que foi rastreada e levou a polícia a Padgett, morador de uma cidade do condado Hillsborough, obrigou mil pessoas a deixarem o supermercado ontem à tarde.

“Esses criminosos que querem que tenhamos medo de ir às compras, ao cinema, a shows, ao trabalho ou à escola não são mais do que terroristas”, disse o xerife de Hillsborough, Chad Chronister, que garantiu que não vai tolerar condutas do tipo.

Atentados deixam 34 mortos em menos de uma semana nos EUA

Os Estados Unidos viveram nesse fim de semana dois atos de violência que deixaram 20 mortos em El Paso (Texas) e nove em Dayton (Ohio), além de vários feridos.

No primeiro, cujo suposto autor de 21 anos está detido, teve como cenário uma unidade da rede Walmart em um shopping e será investigado como “crime de ódio”. A motivação do segundo ataque, ocorrido 12 horas depois em uma área muito movimentada de Dayton, ainda é desconhecida. O autor de 24 anos foi morto pela polícia.

Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, culpou a imprensa “pela ira e pela fúria acumulada por muitos anos” no país e afirmou que “republicanos e democratas devem se unir e aprovar rígidos controles de antecedentes” das pessoas que compram armas de fogo.

“Talvez isso possa ser feito com a reforma das leis de imigração que precisamos desesperadamente”, opinou, enquanto alguns líderes democratas responsabilizaram Trump por ter criado um clima propício para os ataques do último fim de semana.

A presidente do Partido Democrata da Flórida, Terrie Rizzo, afirmou ontem que “estas tragédias continuam lembrando por que não podemos esperar nem um minuto a mais para acabar com a violência armada, o ódio e o racismo”.

“Temos um problema de terrorismo nacionalista branco piorado por causa de um presidente que normaliza o nacionalismo branco. Temos um problema com as armas piorado pela Associação Nacional de Rifles e por políticos desalmados que se recusam a enfrentar esta associação”, disse Rizzo.

A Flórida já foi cenário de duas tragédias similares. Em 2016, um segurança matou 49 pessoas em uma boate de Orlando quando acontecia uma festa latina. Em 2018, um jovem abriu fogo na escola onde estudou, em Parkland, e causou a morte de 14 alunos e três professores.

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