Fábio St Rios
Afeito a justiçamentos no estilo das histórias em quadrinhos, Sérgio Moro adotou, na Lava Jato, um padrão de perseguição e conspiração, em conjunto com o Ministério Público, cujos resultados obtidos foram elogiados pelos que atuaram na operação Mãos Limpas da Itália. Ambas as operações guardam semelhanças mas, uma fundamental diferença entre elas, o tempo, fez da Lava Jato, através da Vaza Jato, um amontoado de medidas arbitrárias e combinados ilegais entre procuradores de justiça, o juiz Sérgio Moro e até mesmo os desembargadores do TRF-4.
Nesse sentido, o procurador da operação mãos-limpas, Gherardo Colombo, um dos grandes ídolos do ex-super-juiz, mesmo tendo defendido certos aspectos da operação brasileira, em comparação com a operação italiana, fez uma crítica importante a Moro e Dallagnol.
“Na minha opinião, um juiz só pode se comunicar com um procurador formalmente, por meio de documentos oficiais. A exceção são as trivialidades.”
O fator tempo é fundamental entre ambas, na Itália aconteceu nos anos 90, quando ainda não havia Internet. Hoje, a tecnologia fez grande diferença e sua disseminação construiu os vazamentos e as revelações da Vaza Jato. Tudo, por aqui veio a tona. Gherardo Colombo, de 77 anos, compreende a gravidade dos fatos e sua declaração foi dada em entrevista à Folha de São de Paulo. As críticas não pararam por aí.
“Se as regras sobre a imparcialidade e do processo não são seguidas, a Justiça não pode ser justa.”
Ainda, afirmou que um juiz tem apenas uma função e que Moro atuou em mais de uma, como juiz e investigador.
Criticado, o ex-super-juiz chegou a publicar recentemente um artigo sobre a operação mão-limpas afirmando que a Mãos Limpas investigou mais de 6.000 pessoas, incluindo mais de 870 empresários e 430 parlamentares da Itália, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros. Mais de 1.300 pessoas foram condenadas. O próprio ministro Sérgio Moro escreveu em seu artigo que a Mãos Limpas investigou mais de 6.000 pessoas, incluindo mais de 870 empresários e 430 parlamentares da Itália, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros. Mais de 1.300 pessoas foram condenadas.