Iêmen: 80% da população precisa de assistência e proteção humanitária

As Nações Unidas alertaram na quinta-feira (14) que uma estimativa de 24 milhões de pessoas – perto de 80% da população – precisam de assistência e proteção no Iêmen. Conforme a fome ameaça centenas de milhares de vidas, a ajuda humanitária se torna cada vez mais a única forma de sobrevivência para milhões no país.

Criança em campo de Al Rebat, onde cerca de 60 famílias deslocadas estão vivendo após fugir de zonas de conflito em Taiz e Hodeida, no Iêmen. Foto: OCHA/Giles Clarke

Segundo o site das nacoesunidas.org, as Nações Unidas alertaram na quinta-feira (14) que uma estimativa de 24 milhões de pessoas – perto de 80% da população – precisam de assistência e proteção no Iêmen. Conforme a fome ameaça centenas de milhares de vidas, a ajuda humanitária se torna cada vez mais a única forma de sobrevivência para milhões no país.


Dados da agência da ONU mostram que um total de 17,8 milhões de pessoas não têm acesso a água segura e saneamento e que 19,7 milhões não têm acesso adequado à saúde. Condições sanitárias ruins e doenças transmitidas por água, incluindo cólera, deixaram centenas de milhares de pessoas doentes no ano passado.

As Nações Unidas alertaram na quinta-feira (14) que uma estimativa de 24 milhões de pessoas – perto de 80% da população – precisam de assistência e proteção no Iêmen. Conforme a fome ameaça centenas de milhares de vidas, a ajuda humanitária se torna cada vez mais a única forma de sobrevivência para milhões no país.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), “a gravidade das necessidades está se aprofundando”. O número de pessoas em necessidade grave é 27% maior em relação ao ano passado, quando já representava a crise mais aguda no planeta.

O relatório “Necessidades Humanas para o Iêmen 2019”, divulgado na quinta-feira, mostra que 14,3 milhões de pessoas são classificadas como em necessidade aguda, com cerca de 3,2 milhões precisando de tratamentos para má-nutrição aguda. Isto inclui 2 milhões de crianças com menos de 5 anos e mais de 1 milhão de mulheres grávidas e lactantes.

Destacando que mais de 20 milhões de pessoas no país estão em situação de insegurança alimentar, metade delas com níveis extremos de fome, o relatório foca em algumas questões humanitárias essenciais: necessidades básicas de sobrevivência, proteção de civis e serviços básicos essenciais.

“O agravamento do conflito desde março de 2015 tem acentuado dramaticamente a crise de proteção, na qual milhões enfrentam riscos à segurança e aos seus direitos básicos”, afirmou o OCHA.

Dados da agência da ONU mostram que um total de 17,8 milhões de pessoas não têm acesso a água segura e saneamento e que 19,7 milhões não têm acesso adequado à saúde. Condições sanitárias ruins e doenças transmitidas por água, incluindo cólera, deixaram centenas de milhares de pessoas doentes no ano passado.

Enquanto isso, grãos que podem ajudar a alimentar milhões de pessoas correm risco de apodrecer em um importante armazém no Mar Vermelho porque condições não são seguras para chegar ao local, disseram mais cedo nesta semana o enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, e o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock.


Número de mortos e pessoas deslocadas

Durante os últimos quatro anos, intenso conflito entre forças do governo e rebeldes houthis deixou dezenas de milhares de mortos e feridos, incluindo ao menos 17.700 civis, como verificado pela ONU.

A agência acrescentou a isso uma estimativa de 3,3 milhões de pessoas ainda deslocadas, um aumento em relação aos 2,2 milhões no ano passado, incluindo 685 mil pessoas que fugiram de confrontos em Hodeida e na costa oeste a partir de junho.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o número de locais que hospedam pessoas deslocadas aumentou em quase metade nos últimos 12 meses.


Evento de comprometimento

Em tentativa de responder às urgentes necessidades humanitárias, as Nações Unidas e os governos de Suécia e Suíça irão convocar neste mês o terceiro Evento de Comprometimento de Alto Nível para a Crise Humanitária no Iêmen.

O evento está marcado para 26 de fevereiro, em Genebra, e busca arrecadar apoio para resposta humanitária e alívio de sofrimento do povo iemenita. No começo do mês, o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, disse que serão necessários 4 bilhões de dólares.


 

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