O Palácio do Planalto suspendeu a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ao cargo de embaixador do Brasil em Washington, conforme publicado nesta quinta-feira (17) pelo jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, avalia-se que o deputado tem se desgastado com parlamentares, sobretudo por disputas internas, a exemplo da que o colocaria como líder do PSL na Câmara. Contudo, a articulação, liderada pelo seu pai, fracassou, e o Delegado Waldir (GO) se manteve no posto (leia mais aqui). Neste contexto, ele ficou mais distante de ter os votos necessários no Senado para garantir o cargo de embaixador.
O Planalto, contudo, não comenta oficialmente o caso, e o presidente opta por não responder os questionamentos sobre o caso.
Na última quarta-feira (16), o próprio Eduardo Bolsonaro admitiu que a pauta da embaixada ficou em segundo plano. “Todos os temas como embaixada ou viagem para a Ásia são temas secundários. A gente está aqui para cuidar dos nossos eleitores”, disse.
Ao postergar a indicação do filho, Bolsonaro deixa a embaixada brasileira nos Estados Unidos sem chefia por quase dez meses, embora o presidente considere a relação com os EUA a prioridade da política externa brasileira.
Segundo a reportagem, diplomatas brasileiros na capital norte-americana também já consideram remotas as chances de Eduardo Bolsonaro assumir a embaixada.
Embora supostamente remotas, as chances existem. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS) querem que o chefe de Estado envie a indicação para a embaixada ainda neste ano – esse o prazo que aliados do deputado dizem que ele terá para decidir sobre seu futuro.