Indústria recua em 8 dos 15 locais em maio, mas extrativa no Pará bate recorde

A atividade industrial recuou em oito das 15 localidades em maio, na comparação com abril, segundo os dados regionais da Pesquisa Industrial Mensal.

Após três meses em queda, industria do Pará cresce 59,1% em maio e bate recorde da série histórica - Foto: Agência Vale

Luiz Bello

A atividade industrial recuou em oito das 15 localidades em maio, na comparação com abril, segundo os dados regionais da Pesquisa Industrial Mensal. Esse quadro reflete a queda de 0,2% da indústria do país como um todo, que já havia sido divulgada pelo IBGE na semana passada.

No entanto, a atividade industrial no Pará bateu o recorde da série histórica, subindo 59,1% em relação ao mês anterior, impulsionada pela retomada das indústrias extrativas no estado. Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Monteiro, houve uma compensação nesse estado.

“Com o excesso de chuvas, a produção de uma importante planta industrial havia caído bastante, no mês anterior. Mas as chuvas diminuíram em maio e a extrativa paraense voltou ao normal”, explica. De fato, a produção industrial no Pará havia recuado 30,4% em abril.

Os oito locais em queda, em relação ao mês anterior, foram Espírito Santo (-2,2%), Rio Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%) Minas Gerais (-1,0%), Região Nordeste (-0,9%), Ceará (-0,9%), Mato Grosso (-0,7%) e Pernambuco (-0,6%).

No sentido oposto, as demais taxas positivas, além do Pará, foram no Rio de Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), Amazonas (1,2%), Bahia (1,1%), Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%). Bernardo observa que a indústria paulista teve um desempenho modesto e o seu crescimento discreto se deve ao início da safra de cana, que influenciou positivamente o setor de alimentos no estado.

Na comparação com maio de 2018, a indústria do país cresceu 7,1%, acompanhada por 12 dos 15 locais pesquisados. Mas Bernardo lembra que esse crescimento se deve à uma base de comparação muito baixa, já que em maio do ano passado a indústria foi bastante afetada pela greve dos caminhoneiros.

O calendário também ajudou, pois em 2019, o mês de maio teve um dia a mais do que em 2018. “Dependendo da estratégia de produção do setor, um dia a mais pode fazer diferença”, conclui.

Os maiores avanços em relação ao maio de 2018 foram no Paraná (27,8%), Rio Grande do Sul (19,9%) e Santa Catarina (19,3%). No entanto, Goiás (13,9%), Pernambuco (13,6%), Bahia (12,3%), São Paulo (11,7%) e Ceará (11,4%) também registraram taxas positivas acima da média nacional (7,1%), com Região Nordeste (6,6%), Mato Grosso (5,7%), Rio de Janeiro (5,1%) e Amazonas (3,0%) a seguir.

O recuo mais intenso de maio foi no Espírito Santo (-17,4%), e as demais taxas negativas foram em Minas Gerais (-2,4%) e Pará (-0,7%).

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