Israel-Gaza: frágil cessar fogo após dois dias de bombardeamentos

Israel voltou a atacar nesta sexta-feira posições do grupo Jihad Islâmico, em Gaza, como resposta aos roquetes lançados do território palestiniano.

Palestinianos juntam-se perto dos destroços de uma casa alvejada pelos bombardeamentos israelitas contra Gaza no dia 13 Novembro de 2019 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Por RFI

Israel voltou a atacar nesta sexta-feira posições do grupo Jihad Islâmico, em Gaza, como resposta aos roquetes lançados do território palestiniano.Segundo observadores na região, os ataques da força aérea de Israel confirmam a fragilidade da trégua consentida entre os protagonistas.

O cessar fogo, em vigor desde quinta-feira de manhã, após dois dias de bombardeamentos, desencadeados pela morte por Israel de Baha Abu al-Ata, comandante do grupo de militantes palestiniano, Jihad Islâmico, revela-se frágil, como o atestam os ataques levados a cabo, na madrugada de sexta-feira pela força aérea israelita.

De acordo com os responsáveis militares israelitas, as suas forças reagiram depois do lançamento de sete roquetes provenientes de Gaza, dos quais dois foram interceptados.

O comando militar de Israel qualificou de grave a violação do cessar fogo, através dos bombardeamentos efectuados a partir de Gaza.

Os dirigentes militares de Israel confirmaram a sua intenção de reagir, sempre que as vidas da população civil israelita forem colocadas em perigo.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dois palestinianos, feridos, estão a ser tratados no hospital, situado no sul do território.

O cessar fogo foi intermediado, como vem sendo hábito, pelo Egipto e as Nações Unidas, com o objectivo de evitar uma nova guerra entre Israel e os militantes palestinianos de Gaza.

Residentes palestinianos, na fronteira entre Gaza e Israel, declararam que desejam viver em paz e não querem uma nova guerra.

As organizações militantes palestinianas decidiram cancelar as manifestações de protesto fronteiriças, desta semana, para evitar que haja uma escalada incontrolável da actual tensão.

Morreram, pelo menos, 311 palestinianos,desde que tiveram início os protestos fronteiriços em Março de 2018.

A escalada entre Israel e Gaza foi provocada, na terça-feira, pelo ataque israelita que matou Baha Abu al-Ata, comandante do Jihad Islâmico, acusado pelos israelitas de ser o responsável pelos bombardeamentos com roquetes, lançados do território palestiniano.

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