Justiça quebra sigilos fiscal e bancário de acusados de assassinato de Marielle

Caso, que ainda não tem solução, busca a identificação dos possíveis mandantes do assassinato

Caso, que ainda não tem solução, busca a identificação dos possíveis mandantes do assassinato


Por Matheus Simoni no dia 04 de Março de 2020 ⋅ 08:56


A Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, presos e acusados de ter assassinado a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. O caso, que ainda não tem solução, busca a identificação dos possíveis mandantes do assassinato. Também foi determinado o sequestro de bens de Ronnie, como imóveis e uma lancha, e a quebra dos sigilos de outras cinco pessoas suspeitas de atuar como “laranjas” dos ex-PMs. O pedido foi feito pelo Departamento de Combate à Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio de Janeiro após investigação.

De acordo com o portal G1, a soma dos itens de Ronnie alvos de bloqueio é de R$ 2,7 milhões.

Constam da lista:

  • Imóvel na Barra da Tijuca, avaliado em R$ 1,25 milhão;
  • Terreno no condomínio Porto Galo, em Angra dos Reis, avaliado em R$ 500 mil;
  • Terreno em Mangaratiba, avaliado em R$ 300 mil;
  • Lancha Real 330 Special Edition, avaliada em R$ 450 mil;
  • Veículo Jeep/Renegade Sport AT, avaliado em R$ 70 mil;
  • R$ 61.293 apreendidos na casa de Ronnie Lessa, na Barra da Tijuca;
  • R$ 50 mil apreendidos na casa dos pais de Lessa.

“As investigações duraram aproximadamente um ano, mas a gente ficou uns seis meses parados devido à decisão do Supremo Tribunal Federal, de suspensão das investigações envolvendo relatórios do antigo COAF”, explicou o delegado Thiago Neves, responsável pela investigação.

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