Kakay fará defesa de presidente da OAB em processo movido por Moro

Em texto compartilhado nas redes, Kakay diz que Moro "via crime onde era conveniente mesmo quando esse não existia"

Foto : Sérgio Lima/Poder360

Em texto compartilhado nas redes, Kakay diz que Moro “via crime onde era conveniente mesmo quando esse não existia”

Por Metro1 

Um dos mais renomados advogados do Brasil, e com trânsito em todas as esferas do Judiciário, Antonio Carlos de Almeida Castro, Kakay, fará a defesa do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Cruz foi processado por calúnia pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O ex-juiz federal alega que o presidente da Ordem fez declarações que podem caracterizar crimes contra sua honra e pede que “sejam as condutas apuradas e promovida a responsabilização criminal cabível”.

Nos ofícios encaminhados por Moro à PGR, o ministro argumenta que, após análise, “a conduta do ofensor reúne elementos aptos ao enquadramento nos tipos penais de calúnia, injúria e difamação, com o que estou de acordo, além de consignar que o teor da manifestação repercutiu, efetivamente, sobre a minha honra subjetiva”.

Em texto compartilhado nas redes, Kakay diz que Moro “via crime onde era conveniente mesmo quando esse não existia”. “O Ministro agora assumiu oficialmente seu lado político e deveria reconhecer que a crítica foi jurídica e institucional. Uma leitura isenta da declaração do Presidente do Conselho evidencia que não houve intenção de ofender a honra de quem quer que seja”.

Leia o comunicado completo:

“Assumo, com muita honra, a defesa do Presidente do Conselho Federal da OAB, Felipe Santa Cruz. O Ministro Moro, ao representar contra o Presidente do Conselho Federal, agiu com a cabeça do Juiz Moro quando via crime onde era conveniente mesmo quando esse não existia. O Ministro agora assumiu oficialmente seu lado político e deveria reconhecer que a crítica foi jurídica e institucional. Uma leitura isenta da declaração do Presidente do Conselho evidencia que não houve intenção de ofender a honra de quem quer que seja. Por outro lado, uma rápida análise da representação enviada à PGR expõe uma inexplicável – e manifestamente incabível – argumentação do Ministro, que desconsidera o próprio significado das palavras e já deveria ter entendido o valor da crítica e a importância do debate e do questionamento de ideias em um estado democrático de direito. A Defesa reafirma sua crença na importância da liberdade de expressão em um ambiente que se pretenda democrático”.

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