Lava Jato deixou de denunciar empresária que investiu no Instituto Mude

Dallagnol captava recursos de empresários para instituto criado para promover operação e 10 medidas de combate à corrupção

Foto :Wilson Dias/Agência Brasil

Dallagnol captava recursos de empresários para instituto criado para promover operação e 10 medidas de combate à corrupção

Por Metro1 

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, captou investimentos de grandes empresários para financiar o Instituto Mude – Chega de Corrupção, criado para promover, além da própria operação, as dez medidas de combate à corrupção e suas opiniões políticas.

As informações constam em mensagens trocadas entre o procurador e membros do Instituto Mude no Telegram, recebidas pelo Intercept Brasil e analisadas em conjunto com a Agência Pública.

Segundo a reportagem, as conversas revelam que ele se reuniu com empresários, às vezes a portas fechadas, na sede da Procuradoria, para arrecadar verbas para a entidade. Uma empresária que foi “investidora anjo” da organização: a advogada Patrícia Tendrich Pires Coelho seria depois investigada pela Lava Jato, mas não foi denunciada pela operação.

Apesar de saber que a empresa de Patrícia, a Asgaard Navegação S. A., fornecia navios para a Petrobras e ter conhecimento de sua proximidade com o empresário Eike Batista e com o banqueiro André Esteves, fundador do BTG Pactual – dois alvos da força-tarefa coordenada por Dallagnol –, o procurador não só aceitou a sua ajuda financeira como fez a ponte da empresária com os membros oficiais do instituto e se reuniu com ela para tratar da doação.

Também citados pela reportagem Rosângela Lyra, ex-sócia da Dior no Brasil, e um empresário da Opus Dei. Leia aqui.

 

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