por: Gabriela Glette
Apesar do inglês ser uma das línguas mais faladas no mundo, o ensino público no Brasil não possui uma política bem definida para o ensino do idioma. Enquanto escolas bilíngues particulares se espalham pelo país, elas costumam ser caras e de difícil acesso. Foi por isto que o governo do estado do Maranhão decidiu inovar, implementando sua primeira escola pública bilíngue.
A novidade faz parte da meta do grande investimento em educação que vem sendo feito pelo governador – Flávio Dino. No estado, os professores que trabalham 40 horas têm o piso salarial de R$ 5.751,00 desde 2018, o maior do país. A implantação da escola servirá como projeto piloto para a rede de ensino do Maranhão, que pensa em expandir o modelo e experiência posteriormente para outras escolas.
Segundo o secretário estadual de educação – Felipe Camarão: “Apesar da oferta do Ensino Fundamental não ser responsabilidade do Estado, iniciaremos essa experiência com a oferta da educação bilíngue pelo Fundamental menor, exatamente por esse ser o momento adequado para alfabetização das crianças, inclusive em um idioma estrangeiro. Será uma experiência inédita, que estamos trabalhando com muito cuidado no projeto pedagógico, que poderá, posteriormente, servir de modelo para outras redes públicas e até para expansão na rede estadual de ensino”.
A escola integral bilíngue será de exclusiva responsabilidade do Governo do Estado e buscará consultoria das embaixadas americana e britânica. No momento, a equipe está visitando prédios escolares da rede pública estadual, para definir onde ela será implantada.
Muito utilizado em diversos países, o ensino integral oferece mais pluralidade educacional, ao mesmo tempo que facilita a vida dos pais que trabalham. Hoje, já são dezenas de escolas assim espalhadas pelo Maranhão, que mais numa vez está mostrando ao Brasil que, a rede pública deve sim ser de qualidade e que “filhos de pessoas que não possuem condições financeiras para pagar por uma escola dessa natureza e privada, também podem ter essa experiência”, completou o secretário.