Tarcísio de Freitas também sugeriu que indígenas possam explorar economicamente seus territórios: “Por que não termos índios milionários?”
Por Juliana Rodrigues
Durante jantar promovido pelo site Poder360, na noite de ontem (6), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, defendeu a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. Em dezembro de 2018, o Ibama indeferiu a licença para que a petrolífera francesa Total explorasse a região, alegando que um eventual vazamento poderia impactar a biodiversidade marinha e os recifes do local, além de haver “profundas incertezas” sobre o plano de emergência da companhia. Freitas afirmou que o debate ambiental está sendo feito de forma ideológica e apaixonada.
“A discussão tem que ser mais técnica, mais racional. Por que a gente não pode explorar petróleo na foz do Amazonas, se a Guiana, do lado, está explorando? Essa empresa opera no mundo inteiro com segurança. É de se espantar a ideia de que ela seja incapaz de apresentar estudos ambientais que sejam aprovados. O poço de petróleo só vai gerar riqueza e benefício para a sociedade se ele for explorado. Nós vamos condenar o estado do Amapá ao subdesenvolvimento? Se for para fazer voto de pobreza é melhor fazer de castidade e de obediência também, porque aí pelo menos a gente salva a alma”, criticou.
Ele também atacou a demora na concessão das licenças ambientais em outros setores, citando como exemplo a linha de transmissão entre Manaus e Boa Vista. Além disso, defendeu a liberação para que os indígenas possam explorar comercialmente seus territórios. “A maioria dos índios já foi incorporada à nossa sociedade. O índio quer crescer, ficar rico, produzir, ser cidadão. Ele quer ter um espaço para professar sua fé, para exercitar sua cultura, dançar, se pintar, mas também quer o que nós queremos. Por que ele não pode produzir na terra dele? Será que ele não tem o direito também a ficar rico? Por que não termos índios ricos, milionários, que tenham seu próprio avião, sua caminhonete, que mandem seu filho estudar no exterior? Qual o problema?”, questionou.