Ministro Dias Toffoli cogitou liminar contra transferência de Lula

A Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal (STF) responderam institucionalmente à decisão da juíza Carolina Lebbos de transferir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Tremembé, em São Paulo.

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

 

A Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal (STF) responderam institucionalmente à decisão da juíza Carolina Lebbos de transferir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Tremembé, em São Paulo. A ordem dela foi lida no STF como parte de tática da Lava Jato para ofuscar o vazamento de mensagens de procuradores e de Sergio Moro, de acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.

Antes de levar o recurso do petista ao plenário, Dias Toffoli, presidente da corte, avisou que sustaria a transferência com uma liminar. Foi, aí, informado de que os colegas o acompanhariam. Segundo relatos à coluna, foi Alexandre de Moraes quem teve a iniciativa de conversar com colegas nos bastidores. Ele teria dito a Toffoli que não seria necessário “desgastar a presidência” com o caso, sinalizando veredito colegiado.

Nem ministros alinhados à Lava Jato foram contra a remessa do caso ao plenário. Edson Fachin e Luís Roberto Barroso deram apoio prévio ao caminho. A decisão de Lebbos ampliou ainda mais a antipatia de uma ala da corte com o ministro Sergio Moro. Em conversas reservadas, integrantes do Supremo atribuíram à influência dele o pedido de transferência feito pela PF e a resposta da juíza.

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