O Ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, rebateu um manifesto assinado por 602 cientistas, dos 28 países integrantes da União Europeia, que aconselha a Europa uma relação comercial com o Brasil por meio de medidas sustentáveis e de preservação das florestas e populações indígenas.
O documento, que foi publicado na revista científica “Science”, prega a interrupção das importações brasileiras que em seu processo produtivo agridem o meio ambiente.
De acordo com o G1, durante entrevista ao canal GloboNews, Salles fez críticas diretas ao manifesto que foi categorizado por ele como sem “credibilidade”. Além disso, ele afirmou que a elaboração do documento faz parte de “discussão comercial disfarçada” e que o “Brasil é exemplo de sustentabilidade”.
Sobre o agronegócio, o ministro defendeu a relação comercial ao afirmar que “é a mais comprometida com a preservação do meio ambiente no mundo”. Vale destacar, conforme consta no manifesto, que só em 2011 o Brasil desmatou cerca de mil quilômetros quadrados para a criação de pasto, produção e exportação de carne e ração para a União Europeia.
“Nenhum desses países europeus faz nem de longe o que o agronegócio brasileiro faz pelo meio ambiente. […] Nós é que mostramos como é que se faz”, argumentou Salles.
Em nota enviada ao portal de notícias, o Ministério do Meio Ambiente reafirmou o trabalho do Brasil em ser o país, no mundo, que presta o maior cuidado com a preservação ambiental por parte dos seus produtores rurais. Além disso, a pasta também criticou os cientistas europeus, afirmando que eles deveriam olhar para os problemas ligados ao meio ambiente de seus próprios países, antes de elaborarem algum tipo de manifesto.