‘Morrer em casa seria importante, mas precisa ter subsídio’, diz especialista em cuidados paliativos

Coordenador da pós-graduação em cuidados paliativos do Hospital Israelita Albert Einsten, em São Paulo

Foto : Reprodução/Youtube

Por Juliana Almirante 

Coordenador da pós-graduação em cuidados paliativos do Hospital Israelita Albert Einsten, em São Paulo, o médico geriatra Eduardo Dias defende a importância do tratamento especializado e destaca a necessidade de uma estrutura de saúde para garantir uma morte com menos sofrimento para o paciente e para a família.

“Eu acho que morrer em uma UTI depende da situação. Em situação de grave e incurável, jamais. Morrer em casa acho que pode garantir boa morte, mas, infelizmente, no Brasil, não tem estrutura de serviços de saúde que garanta o cuidado a esse indivíduo em casa”, avalia.

Ele considera que, para a família, pode ser difícil acompanhar essa partida que pode ser lenta, dolorosa e desestruturante.

“Então morrer em casa seria importante, mas precisa ter subsídio e rede de cuidados para garantir bem estar em casa. (Quando a família não tem condições financeiras), é muito difícil mesmo”, pontua.

Eduardo informa que o cuidado paliativo surgiu na Inglaterra, com a médica, enfermeira e assistente social, Cicely Saunders. O tratamento cuida das diferentes dimensões do indivíduo: física, psíquica, social e espiritual.

“No Brasil, existem frentes há 15, 20 anos, mas hoje em dia está mais em voga. Claro que, por conta do processo de envelhecimento, percebe-se que a população adoece mais, tem doenças crônicas que são incuráveis e deixam pacientes comprometidos que precisam desse cuidado diferenciado para dar qualidade de vida”, afirma.

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