Cenário reforça a importância da vacinação contra a doença no município paulistano
Por Laura Alegre – Editorias: Atualidades, Jornal da USP no Ar, Rádio USP – URL Curta: jornal.usp.br/?p=252376
No último dia 5 de junho, o Ministério da Saúde confirmou 31 novos casos de sarampo no Brasil em um boletim epidemiológico. No total, o País registrou 123 casos até o momento, sendo que ainda há 348 casos notificados sendo investigados. Especificamente no Estado de São Paulo, foram notificados 418 casos suspeitos desde o início do ano, sendo que, desse total, 12,2% foram confirmados. Para reafirmar a importância da vacinação contra a doença, o Jornal da USP no Ar conversou com a professora Ana Marli Christovam Sartori, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (FM) da USP.
O Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo com o aparecimento de novos infectados desde o ano passado. A região Norte foi a mais afetada no início, mas agora segue controlada. Os estados de São Paulo e Pará possuem hoje o maior número de casos. Ana conta que, para que o país recupere esse selo, “é necessário controlar a circulação e transmissão autóctone, ou seja, os casos contraídos em território nacional, e, após um ano, ter um controle total, sem nenhum caso de transmissão”.
A campanha de vacinação ocorre até o dia 12 de julho, no município de São Paulo, e o chamado dia “D” será no dia 29 de junho. O objetivo é imunizar pessoas de 15 a 29 anos, pois, de acordo com a especialista, “o maior número de casos está sendo visto nessa faixa etária. Aqui em São Paulo, 41% dos casos foram confirmados em pessoas dessas idades, porque muitos receberam a vacina há muito tempo e apenas uma dose da vacina, já que isso era o recomendado na época em que eles eram crianças”.
Para ser imunizado, é necessário ir a um posto de saúde no período da campanha e levar a carteira de vacinação. Caso a pessoa não tenha certeza se já tomou uma dose da vacina anteriormente, é obrigatório tomá-la como garantia. A vacina é segura e as únicas contraindicações são feitas àqueles que têm baixa imunidade ou usam medicamentos imunossupressores. Além disso, mulheres grávidas também não podem receber a dose.
Com a campanha, espera-se que a meta de cobertura vacinal – estipulada em 95% da população – seja atingida. A maior preocupação é a de que o sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode levar à morte em alguns casos. Conversamos também com a doutora Helena Sato, que deu mais detalhes sobre a imunização nesta entrevista.