O cerco

Em torno de nossas afinidades, simpatias e laços afetivos criamos o CERCO. Amar o diferente, o que no conceito de belo se é, é uma tarefa que exige reflexão e tolerância. A adoração e o contemplativo sempre é dourado através de nosso olhar seletivo de compadecimento, não só pelo estímulo de comoção e transmissão televisiva, mas pela nossa repulsa natural ao feio, a miséria, a fome e por não suportarmos a dor alheia, criamos uma identificação maior com o que é aparentemente mais saudável, mais bonito de se ver. Quando se chega ao poder, no status de interferir e exercer qualquer tipo de comando, há uma força que verticaliza para escaparmos da marginalidade. Nada até então é fora do normal. O perigo reside quando essa urgência de comodidade e bem estar – tolhe a moral humana, exortando à desfaçatez no amor – em face do medo da ampulheta e da vida que corre rápida, recaindo em sobreviver no resguarde dos “MEUS”.

Outros, desviam suas condutas com receio de que nessa carruagem do viver não desfrute dos mais lindos montes e oceanos ( e a qualquer custo fazem isso ) , mesmo pelo caminho mais escuso possível. Na luta para um conforto megalomaníaco, busca o deleite da vida a qualquer preço.

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Por Leonardo Gusmao Dultra

 

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