O sorriso que esconde a depressão

O sorriso pode ser considerado um sinônimo de Felicidade? Nem sempre as coisas funcionam dessa forma, muitas vezes esse sorriso e até mesmo um comportamento que nos faça entender a felicidade pode mascarar o que realmente pode estar dentro desse sujeito. Assim funciona a Depressão Sorridente ou conhecida de forma técnica como Depressão atípica ou Depressão com característica atípica.

Por Diego Aquino – Psicólogo/Neuropsicólogo – Quarta, 3 de junho de 2020


O sorriso pode ser considerado um sinônimo de Felicidade? Nem sempre as coisas funcionam dessa forma, muitas vezes esse sorriso e até mesmo um comportamento que nos faça entender a felicidade pode mascarar o que realmente pode estar dentro desse sujeito. Assim funciona a Depressão Sorridente ou conhecida de forma técnica como Depressão atípica ou Depressão com característica atípica.

A depressão Atípica é um dos subtipos mais perigosos da depressão por se manifestar camuflada de um sorriso ou uma pseudo-felicidade, quando na verdade pode esconder uma profunda angústia, melancolia e pensamentos suicídas. Algumas crenças populares, pode ainda ser um taboo para os que sofrem com esse subtipo e até mesmo para que outras pessoas identifiquem os sintomas, devido a pensamentos típicos que se o sujeito possui pelo menos um desses pré-requisitos não existe motivos para desenvolver a depressão: família, casamento, filhos, trabalho, religião, situação financeira equilibrada, etc.

  A depressão sorridente pode se manifestar em diversas intensidades desde as mas leves a mais graves, em um trantorno unipolar ou bipolar. O sujeito que sofre com esse subtipo possui a reatividade muito aumentada (melhora muito rápido com eventos positivos e piora com a mesma velocidade em eventos negativos), além desse sitomas deve-se apresentar dois ou mais dos sintomas seguintes:

  •  Ganho de peso ou aumento do apetite (principalmente para doces);

  • Aumento do sono (hipersonia, geralmente mais do que 10 horas por dia ou 2 horas a mais que quando não deprimido);

  • Sensação de corpo, braços ou pernas muito pesados (paralisia “de chumbo”); a pessoa se sente, de modo geral, “pesada”, com uma sobrecarga sobre os ombros;

  • Sensibilidade exacerbada a rejeição interpessoal, às vezes a indicativos mínimos e subjetivos de possível rejeição, podendo se manter mesmo quando a pessoa não esteja no episódio depressivo.

(DALGALARRONDO, 2019, p. 618)

Além desses desses sintomas a dificuldade do próprio sujeito identificar a doença, faz com que a procura por uma ajuda qualificada demore de ser realizada, devido a dificuldade dessas pessoas reconhecerem as próprias emoções. Assim a capacidade dessas pessoas de continuarem a realizar suas atividades tornam-se contraproducente. Portanto ao conseguir identificar esses sintomas, procure urgente a ajuda de profissionais qualificados da Psicologia e Psiquiatria.


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