O tempo amordaça e passa, apresse a prece e faça, traça o mapa, e faca nos dentes, pasta na escova de dente, deixa a mente sã, banho cinco da manhã.
Bibifonfon, a condução, a espera, mera rotina, luz na retina, mente focada, meia dos pés trocadas, de nada importa, vale o horário, dinheiro, sustento, salário, é hora do almoço, fosso é se fosse fácil.
Dinheiro no bolso, a vida é trabalho, atalho , pressão. Na tarde o desmaio, do dia se pondo, vendo a multidão, desenhar o movimento de cada ser vivo lutando para manter a vela acesa. As decisões das estrelas quando caem. Do pulo da gata em cima do muro, a escolha de se estar ali, ou foi alheio, passeio nos olhos vagos perdidos, dos indecisos: mal sabe o que se quer, em frente ou marcha ré seguem, nunca intacto, impávido é o tempo e a cidade que parece a mesma a anos e anos! Sem planos abarca gente de toda espécie, uma série de cabeças aglutinadas, de pensamentos acelerados e ligadas na modernidade. Bebem, rezam, disputam espaços no céu, na fila do pão, cinema e bordel.
Leonardo