Paulo Pagni, baterista do RPM, morre aos 61 anos

Músico estava internado em estado grave desde 14 de maio

O grupo RPM, em 2019. P.A. é o segundo à direita Foto: Divulgação

Músico estava internado em estado grave desde 14 de maio

Por O Globo

O baterista Paulo Pagni, da banda RPM, morreu neste sábado (22), depois de ficar internado por mais de 20 dias no Hospital São Camelo, em Salto, no interior de São Paulo. A informação foi publicada no Facebook da banda.

https://www.facebook.com/rpmoficial/photos/a.347703705280151/2490148387702328/?type=3&eid=ARDEJq1ruclMKMRlRWsqE1SfSDOabgVwg5SG5Qye4bIbEsfTJOGxu3crddw9JjSnHWrxl_w7SK6jiCyw&__xts__%5B0%5D=68.ARAQGFKEQCEsEB2LxbD_2HoZzp-HE85e95qxQTBZMrGNplaOW71Qg_nOW49SvcRwLJBcAjbmUL_UCZ10dDZ-OJDDMU8veObgze81Trf1LlP2U2190gtkjKXoCZOeCmHMcb0tAQTWSgOuKik5VQBRVL_ctlfsRm-mKO_dJqv0SUvdIeAH3OYkFKnw–siOvLBiDVzRvsviF-gwCgr5wLtp9RL1hiyb20v7zteO3xeEPyXANfxe6ldaehoqmaq9Bt53s82doM6UTRaonjLXp4oHVCSVx4cZJNSqeZ-ObyQ9H94jtxONCuu4gO8aTgLfeeBwp6TTQVtv7Ql5QOK2lScrKLxwQ&__tn__=EEHH-R

P.A., como era conhecido, estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Camilo desde 14 de maio com fibrose pulmonar, doença respiratória crônica e progressiva caracterizada pela formação de excesso de tecido conectivo nas paredes dos pulmões. Por razões de saúde, ele não vinha participando de alguns dos shows da banda. O músico, quem completou 61 anos no dia 1º de junho, morreu às 8h40 por insuficiência respiratória e broncopneumonia.

Na capa do seu primeiro álbum, “Revoluções por minuto”, de 1985, o RPM aparecia como um trio: Paulo Ricardo (vocais e baixo), Fernando Deluqui (guitarra) e Luiz Schiavon (teclados). Integrado ao grupo durante as gravações do LP (já que o baterista Charles Gavin resolvera ir para os Titãs, àquela altura mais bem-sucedidos que o RPM), Paulo P.A. Pagni não teve tempo de sair na foto, mas viveu todo o processo que os levaria a se tornarem a banda de rock mais bem-sucedida de sua geração.

Com as canções “Olhar 43”, “Revoluções por minuto” e Rádio pirata” estouradas nas rádios, a banda caiu na estrada com um grande show, com direção de Ney Matogrosso, raio laser, teclados eletrônicos de última geração e a sensualidade de Paulo Ricardo. O LP seguinte, “Rádio pirata ao vivo”, lançado em 1986, alçou o RPM a um nível de estrelato poucas vezes visto no Brasil — o disco venderia mais de 2,5 milhões de cópias e levaria o grupo a viver cenas da mais pura beatlemania, com muitas histórias de sexo, drogas e rock’n’roll.

O fim do grupo em 1989 foi apenas o primeiro: ele voltaria outras vezes. Nos intervalos do RPM, P.A. chegou a ter até um grupo com Paulo Ricardo, o PR.5, de curta duração.

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