Além da casa de Bivar no Recife e da sede do partido, estão entre os alvos endereços de três ex-candidatas do PSL
Por Alexandre Galvão
A operação que mira o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, demorou quase dois meses para obter autorização de Justiça, segundo a Folha. De acordo com a publicação, o Tribunal Regional Eleitoral deu seis dos sete votos a favor da investigação.
O inquérito foi aberto em março, após reportagens da Folha terem revelado o esquema de laranjas do partido do presidente Jair Bolsonaro. Os pedidos de buscas foram enviados pela PF e pela promotoria no dia 21 de agosto, com endereços da sede do PSL em Pernambuco e do deputado Luciano Bivar, presidente da sigla, entre os alvos. A juíza Maria Margarida de Souza Fonseca, da 6ª zona eleitoral do Recife, indeferiu as buscas em seguida, no dia 9 de setembro, dizendo não haver elementos suficientes para a operação.
O relator do processo, mantido sob sigilo, poderia ter despachado individualmente, mas preferiu levar o pedido para análise do plenário. Nesta segunda-feira (14), os juízes do tribunal, enfim, autorizaram as buscas.
A PF montou a operação de um dia para o outro.
Além da casa de Bivar no Recife e da sede do partido, estão entre os alvos endereços de três candidatas, Maria de Lourdes Paixão, Érika Santos e Mariana Nunes, e de duas gráficas, Itapissu e Vidal, bem como seus representantes, também tiveram busca e apreensão.