Por RFI
A sueca Pia Sundhage, recentemente nomeada treinadora do time feminino do Brasil, prometeu uma “mudança” para alcançar o pódio nas Olimpíadas de Tóquio-2020. “Meu maior desafio é o fato de a equipe brasileira precisar de mudanças”, disse ela em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Aos 59 anos, Pia Sundhage é a primeira estrangeira a assumir as rédeas da Seleção feminina, com um contrato de dois anos, renovável por mais dois anos.
“Vou trabalhar duro, talvez até mais, vou liderar uma grande equipe”, acrescentou.
A nova treinadora da canarinha tem uma vasta experiência na liderança de times femininos: liderou os Estados Unidos nos campeonatos olímpicos de 2008 e 2012 e treinou os suecos entre 2012 e 2017, período em que conquistou a primeira prata olímpica, no Rio-2016.
“Eu ainda tenho que aprender a língua, eu tenho que prestar atenção ao que vou dizer, todo mundo diz que você tem que mudar o estilo de jogo, como atacar, mas você tem que manter o equilíbrio” disse a sueca.
“Revolução”
“Pia liderará a revolução do futebol feminino no Brasil“, disse o presidente da CBF, Rogério Caboblo.
Dupla campeã olímpica na liderança da seleção dos Estados Unidos em 2008 e 2012, Pia Sundhage prometeu trazer “a atitude” dos americanos e “a organização” dos suecos, que ela também treinou entre 2012 e 2017.
Ela substitui Oswaldo Alvarez, o Vadão, 62, após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2019 contra a França.
O retorno de Vadão à Seleção em 2017 foi mal experimentado por alguns jogadores, que não aceitaram a saída de Emily Lima, a primeira mulher a ocupar o cargo de treinador.